FAQS

Podem ser desde um simples bloco e caneta ou uma tabela de papel com o alfabeto a tecnologias baseadas em telemóveis ou computadores. São um conjunto de equipamentos e técnicas que ajudam os doentes de ELA a complementar ou substituir a fala e escrita, à medida que a progressão da doença causa limitações na comunicação que dificultem a expressão de necessidades, sentimentos, opiniões e decisões.

Pela utilização destas ajudas, o doente pode manter a capacidade para comunicar as suas necessidades, sentimentos, opiniões e decisões, ao longo das diferentes fases da ELA.

As ajudas para a comunicação não interferem na progressão física da doença. No caso de doentes que mantêm a capacidade de falar, as ajudas para a comunicação podem ser utilizadas como facilitadoras da comunicação (por exemplo, ajudando em momentos de maior fadiga). Na situação em que o interlocutor não percebe uma palavra, a utilização de uma ajuda para a comunicação pode desbloquear uma conversa, permitindo ao doente continuar a conversar. Independentemente de ter uma ajuda para a comunicação ou não, o doente deve utilizar a sua fala natural, sempre que o possa fazer. 

Há várias formas de aceder a um computador, sem utilizar o rato ou teclado. Pequenos movimentos das mãos, movimentos de cabeça ou movimentos dos olhos podem ser utilizados para usar um computador. Com a utilização de ajudas para a comunicação apropriadas ao contexto e funcionalidade da pessoa, o doente de ELA nunca perde a capacidade de comunicar, independentemente das suas limitações motoras.

Há grande variedade de ajudas para a Comunicação, com diferentes níveis de complexidade. A escolha de uma ajuda para a comunicação deve ter em conta a familiaridade do doente e do respetivo cuidador com a utilização de meios informáticos. Porém, este facto não é impeditivo da utilização de tecnologias para a Comunicação, sendo determinante a motivação e a adequação da tecnologia às necessidades do doente. 

A procura de ajudas para a Comunicação deve ser feita desde os primeiros sintomas ou dificuldades em comunicar, em particular se apresentar agravamento acelerado da inteligibilidade. A informação e discussão antecipada com o doente sobre as suas expetativas e opções neste domínio, são importantes para uma boa adaptação a estas ajudas.

Dependendo das instituições, a orientação sobre as ajudas para a comunicação deve partir da avaliação feita em Terapia da Fala. Nesta avaliação, poderá ser informado e ajudado sobre a utilização das ajudas para a comunicação, e poderão encaminhá-lo para os apoios necessários. A APELA dá apoio e formação aos seus associados nesta área da ajudas para a comunicação.

Há várias opções e equipamentos, com diferentes custos. Os sistemas de ajuda à comunicação fazem parte dos produtos de apoio, tais como uma cadeira de rodas ou bengala, estando sujeitas a prescrição médica mediante avaliação pela equipa de reabilitação. Deverá informar-se junto da instituição onde é acompanhado. 

Atualmente, há empresas que comercializam vários tipos de ajudas para a Comunicação, adequadas a diferentes níveis de literacia e diferentes recursos financeiros. Desde soluções simples, suportadas em papel, a soluções tecnologicamente complexas, todos os doentes de ELA podem utilizar alguma ajuda com a qual mantenham a capacidade de comunicar. O doente deve estar informado das diversas opções, desde o início dos sintomas, podendo antecipar e planear a aquisição das ajudas para a Comunicação que necessitar.

 
A APELA também disponibiliza ajudas para a comunicação aos seus associados. 

A Fundação PT vende a preços subsidiados várias ajudas para a comunicação, mediante apresentação da Certidão Multiuso (incapacidade igual ou superior a 60%) ou cartão de sócio efetivo de uma instituição representativa de deficientes.

Em alternativa, é possível obter ajudas para a comunicação em empresas dedicadas a estas tecnologias, tais como por exemplo:

Anditec
Mega-serafim
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